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O Programa Mulheres Mil executado em cooperação entre os governos brasileiro e canadense, pauta-se em estratégias nos eixos de promoção da equidade, igualdade entre sexos, combate à violência contra mulher e acesso à educação. Ele tem por objetivo a formação profissional com autonomia e inserção no mundo do trabalho, de mulheres em condições de vulnerabilidade social e econômica.

Nesse grupo, destacam-se as mulheres privadas de liberdade. Segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Brasil encontra-se na quarta posição mundial em relação ao tamanho absoluto de sua população prisional feminina, com 42 mil mulheres privadas de liberdade em junho de 2016. Dessas, em torno de 50% são jovens (até 29 anos), 62% negras e 66% ainda não acessou o ensino médio.

Conforme estabelecido pela Lei de Execução Penal, o acesso à assistência educacional é um direito garantido à pessoa privada de liberdade e deve ser oferecido pelo Estado na forma de instrução escolar e formação profissional, no entanto, apenas 25% da população prisional feminina está envolvida em algum tipo de atividade educacional.

Dessa forma justifica-se o Projeto Absolvidas, projeto de extensão da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), juntamente com a Escola Técnica de Saúde (ESTES), alinhado ao programa Mulheres Mil, o qual tem como objetivo oferecer um curso de confecção de bioabsorventes para mulheres presas na Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga, em Uberlândia-MG. Espera-se produzir resultados relacionados à qualificação profissional, aquisição de conhecimentos ligados à saúde e direitos da mulher, elevação da autoestima e empoderamento das mulheres por meio do acesso à educação, levando em consideração os eixos abordados no decorrer do curso, sendo eles: Empreendedorismo e Inclusão Digital; Saúde da Mulher; Ética, Cidadania e Direitos e; Mapa da Vida.

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